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Empregados da Conab no RS rejeitam proposta de migrar para Geap

Sem o desconto do SAS a maioria não conseguirá manter o plano. A mensalidade da Geap será paga via boleto e pode ultrapassar 30% do salário de muitos empregados


Empregados da Conab no RS rejeitam proposta de migrar para Geap
Foto: Renata Machado/Sindiserf-RS

Sindiserf-RS

O Sindicato dos Servidores e Empregados Federais do Rio Grande do Sul (Sindiserf/RS) realizou assembleia com os empregados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na manhã desta segunda-feira (9). A atividade ocorreu no Auditório da CONAB/RS e reuniu dezenas de participantes que por maioria, recusaram a proposta de migrar para o Geap. Alternativas, como a regionalização do plano de saúde, serão levadas para a Federação.

Além das mudanças sobre o plano de autogestão por Recursos Humanos do Serviço de Assistência à Saúde (SAS) para o GEAP, o calendário de jornada de lutas em defesa das atividades da Conab e dos direitos dos empregados e a delegação de poderes às entidades nacionais signatárias para ingressar com medidas judiciais em defesa dos direitos e interesses dos empregados da Conab foram os pontos de pauta.

Entenda

A Conab já havia apresentado intenção de aderir ao plano da Casembrapa, mas o próprio plano perdeu o interesse de receber os empregados da Conab em seu rol de assistidos. Mesmo ainda sem muitas informações, empregados da Conab têm realizado simulações de adesão ao plano da Geap. Mas ao se deparar com a mensalidade gerada, uma grande parte dos trabalhadores está entrando em estado de choque.

Sem o desconto do SAS a maioria não conseguirá manter o plano. A mensalidade da Geap será paga via boleto e pode ultrapassar 30% do salário de muitos empregados.

O assessor jurídico do Sindiserf/RS, Cezar Ramos reforçou que é preciso ter em mente o que o governo pensa do serviço público. “Destruir algo já é uma posição do governo”, afirmou.

Em relação ao plano de saúde, ele ressaltou que a alteração proposta foi de forma unilateral e agora estão procurando a opinião dos empregados. O advogado também informou que o jurídico da Condsef/Fenadsef está estudando o caso e não está definido ainda se haverá ação judicial sobre o tema.

Luta unificada

A secretária geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch lembrou a luta unificada, feita ano passado, contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, da reforma administrativa, que representa o fim do serviço público por alterar o artigo 37º e liberar a terceirização. “Essa reforma aumenta a disparidade salarial e entrega para o mercado a prestação do serviço público, que se torna um novo ativo. Por isso, qualquer debate que façamos, precisamos falar sobre isso”, disse.

Recentemente, o governo federal sinalizou que há possibilidade de levar a PEC à votação após as eleições. “É importante termos unidade, pois isso mexe nas nossas carreiras de maneira diferente, mas atinge todos os servidores públicos”, afirmou Eleandra ao destacar a luta pela reposição linear emergencial de 19,99%.

A dirigente ressaltou que não há negociação com o governo, que sinaliza pela imprensa, uma reposição de apenas 5%. “Esse percentual não repõe um terço de nossas perdas. O que vivemos hoje é o desmonte do bem público e precisamos ter isso claro. Até porque essa política também tem relação com a luta pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que as empresas públicas estão enfrentando.”

Atualmente, os empregados da Companhia estão no terceiro ACT sem negociação e o principal impasse se dá na cláusula 9ª, que dispõe sobre o plano de saúde.

Durante atividade, os empregados da Companhia destacam o desmonte que estão vivenciando na empresa e ressaltaram a importância da CONAB para o médio e pequeno agricultor e para o desenvolvimento para o país.

Uma próxima assembleia ficou marcada para o dia 19, quinta-feira, às10h.






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