Sindiserf-RS
Uma trabalhadora do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-FURG), empregada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que estava grávida sofreu um aborto espontâneo. O Hospital havia emitido uma nota, orientando os que estavam em trabalho remoto, incluindo gestantes e nutrizes, a retornarem ao trabalho administrativo. Apesar de mulheres grávidas serem consideradas grupos de risco do Covid-19.
A trabalhadora é moradora de Porto Alegre e, desde que ingressou no HU-FURG, viaja uma vez por semana a Rio Grande, 318 km distantes da capital, para cumprir sua carga horária. Além disso, ela já havia apresentado atestados da sua médica que comprovavam que sua gravidez era de risco. A pressão pelo retorno ao trabalho, a preocupação com o deslocamento somado ao contexto de pandemia que vivemos, ocasionou o aborto justamente no dia do seu retorno ao HU.
Desde o começo da pandemia do novo coronavírus, os empregados da Ebserh sofrem com a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), sobrecarga de trabalho e insegurança. Paralelo a isso, a decisão de liberar os empregados para a realização do trabalho remoto fica a cargo da superintendência de cada Hospital Universitário. Há apenas uma orientação da Ebserh para liberarem os empregados que integram o grupo de risco.
O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Federais do RS (Sindiserf/RS) lamenta o ocorrido e manifesta sua solidariedade a trabalhadora e seus familiares.