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A dica cultural desta sexta-feira (4) é Angela Davis. A professora e filósofa Angela Yvonne Davis nasceu na cidade de Birmingham, estado do Alabama, em 26 de janeiro de 1944 e é uma referência na luta pelos direitos das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos.
A socialista ganhou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos e fazer parte dos Panteras Negras, que eram adeptos de uma luta antirracista mais incisiva e combativa, aderindo, inclusive, à luta armada contra o racismo. Angela, contudo, fazia parte de uma frente pacífica do movimento.
Em 18 de agosto de 1970, Angela tornou-se a terceira mulher a integrar a Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI, ao ser acusada de conspiração, sequestro e homicídio, por causa de uma suposta ligação sua com uma tentativa de fuga do tribunal do Palácio de Justiça do Condado de Marin, em São Francisco. Presa em Nova York, passou 16 meses em prisão preventiva e após 18 meses de julgamento, teve sua inocência comprovada.
Nesta época John Lennon e Yoko Ono lançaram a música Angela em sua homenagem e os Rolling Stones gravaram Sweet Black Angel, cuja letra falava de seus problemas legais e pedia sua libertação.
Candidatou-se a vice-presidente dos Estados Unidos em 1980 e 1984 como companheira de chapa de Gus Hall, presidente do Partido Comunista Americano, tendo votação irrisória. Mulheres, Raça e Classe, Mulheres, Cultura e Política, Estarão as Prisões Obsoletas e A Liberdade é Uma Luta Constante são alguns de seus livros publicados no Brasil.
Nos últimos anos, Angela Davis viaja o mundo todo a proferindo discursos e palestras, principalmente em ambientes universitários e se mantém como uma figura proeminente na luta pela abolição da pena de morte na Califórnia. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.
Com informações do site Brasil Escola e Wikipédia