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Dia de luta pela #VacinaJá e #ForaBolsonaro neste sábado, 23

A demora na chegada dos insumos da China para as vacinas ameaça a fabricação da Coronavac e do imunizante Da Fiocruz


Dia de luta pela #VacinaJá e #ForaBolsonaro neste sábado, 23
Foto: Rafael Carvalho

Sindsep-PE

Trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil se preparam para o Dia de Luta pela #VacinaJá #ForaBolsonaro, marcado para o próximo sábado (23/01), com carreatas, atos simbólicos de rua - com poucas pessoas devido a pandemia - e ações nas redes sociais. Os trabalhadores se unem a favor de um amplo plano nacional de vacinação que atenda a toda a população e pelo impeachment do presidente negacionista e genocida, Jair Bolsonaro. Mais informações nas redes sociais das frentes Povo sem Medo e Brasil Popular.   

O colapso na saúde pública provocado pelo negacionismo do atual governo em relação à pandemia do novo coronavírus já provocou mais de 210 mil mortes. Mesmo assim, Bolsonaro segue negando a gravidade da pandemia, lamentando a vacinação e tomando atitudes que acabam atrapalhando a produção da vacina no Brasil.

Ao saber que a Anvisa autorizou o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca, o presidente reagiu de forma constrangedora. Enquanto todos os demais presidentes comemoraram o início da vacinação em seus países, incluindo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Bolsonaro iniciou sua declaração com um revelador e murcho “apesar da vacina”...  Palavras de quem criticou, por diversas ocasiões, os imunizantes e passou todo o ano de 2020 recomendando medicamentos que comprovadamente não servem para combater a Covid-19 como a hidroxicloroquina e a ivermectina. 

Apagando vestígios 

Depois que o médico francês Didier Raoult, líder da equipe que elaborou o estudo sobre a eficácia da cloroquina no combate a Covid e maior defensor do seu uso, afirmou que seu estudo estava “equivocado”, assessores de Bolsonaro começaram a apagar todas as imagens das redes sociais do presidente em que ele aparecia com caixas dos medicamentos.

Apesar do Brasil ter dado início a vacinação, por causa das pressões da população, dos meios de comunicação, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de políticos de esquerda, os 6 milhões de doses da Coronavac que já estão sendo aplicadas devem terminar em poucos dias. 

Sem insumos para as vacinas

A demora na chegada dos insumos da China para as vacinas ameaça a fabricação da Coronavac e do imunizante Da Fiocruz. Os insumos já estão prontos para serem embarcados para o Brasil. Mas o despacho ainda depende de aprovação do governo chinês.  No entanto, as relações entre o Brasil e a China andam péssimas. 

Por causa da submissão de Bolsonaro à política externa de Donald Trump, o presidente e integrantes do governo já fizeram duras críticas àquele país. O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, faz ataques frequentes à China. O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, também não poupa críticas ao país e ao seu embaixador, Yang Wanming. Eles chegaram a culpar a China pela pandemia do novo coronavírus. O governo de Jair Bolsonaro explodiu as pontes com a embaixada chinesa ao proibir seus ministros de receber Wanming para qualquer tipo de conversa. 

“Por causa do negacionismo de Bolsonaro e demais integrantes deste governo com relação à pandemia, o Ministério da Saúde demorou a negociar a compra de vacinas e perdeu várias oportunidades de negócio, o Itamaraty deixou de fazer acordos e criou fortes crises com países como a China e a Índia. Agora, a população brasileira se vê abandonada”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Em dezembro, falando para uma comissão de senadores, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que seriam repassadas aos estados, neste mês de janeiro, 24,5 milhões de doses de vacinas. Seriam 9 milhões da CoronaVac, 15 milhões da Oxford-AstraZeneca e 500 mil da Pfizer. Agora a gente descobre que a afirmação era só mais uma mentira. Os estados só receberam 6 milhões da CoronaVac, que dará para vacinar cerca de 2,8 milhões de pessoas. Mas somos 210 milhões de brasileiros e brasileiras.

Crise econômica

Além do colapso na saúde, o Brasil passa por uma das piores crises econômicas de sua história, com 14 milhões de desempregados, fechamento de 5,5 mil fábricas, em 2020, fim do auxílio emergencial, desmonte do Banco do Brasil, projeto de privatização da Telebrás e Correios, além da tramitação da reforma Administrativa, que destrói o serviço público. “Eles estão promovendo o desmonte do país desde o início do governo. Temos que retirar este grupo do poder", concluiu José Carlos.






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