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A dica cultural desta sexta-feira (4) é a cantora Mercedes Sosa. Uma das maiores cantoras da América Latina, ela nasceu na cidade argentina de San Miguel de Tucumán e recebeu dos fãs o apelido de La Negra. Mercedes morreu com 74 anos, em Buenos Aires, no dia 4 de outubro de 2009.
O primeiro álbum, La voz de la zafra, foi lançado em 1962. No mesmo ano, participou do Festival Folclórico Nacional, ficando conhecida entre os povos indígenas de seu país.
Em 2000, ela ganhou o Grammy Latino de melhor álbum de música folclórica por Misa Criolla, no ano de 2003 com Acústico e em 2006 com Corazón Libre. Seu último álbum, Cantora, lançado em 2009, foi indicado a três prêmios Grammy Latino. Ela também integrou a trilha sonora do filme Che, sobre o lendário Ernesto Che Guevara. Mercedes atuou, ainda, como Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a América Latina e o Caribe.
Ao longo de sua carreira, La Negra cantou e gravou músicas em parceria com vários brasileiros como Milton Nascimento, Caetano Velloso, Chico Buarque, Gal Costa e Beth Carvalho.
Patriota, ela ficou conhecida por defender a integração dos povos da América Latina. Apoiou as causas da esquerda política ao longo de sua vida e nos anos de 1960 filiou-se ao Partido Comunista. Durante o regime militar na Argentina foi incluída nas listas negras da repressão e seus discos foram proibidos. Exilou-se em Paris e em Madrid, durante a década de 1970.
Sempre com um posicionamento claro, Mercedes era defensora das minorias e da democracia e as preocupações sociais e a posição política refletiam-se no repertório que interpretava. Ela fez campanha e foi uma das apoiadoras de Cristina Kirchner à presidência da Argentina.
Quando a cantora faleceu, a agência de notícias Reuters deu a notícia dizendo que La Negra “lutou contra os ditadores da América do Sul com sua voz e se tornou uma gigante da música latino-americana contemporânea”.
Fonte: Sindiserf/RS com informações da Wikipédia e Folha de São Paulo