Sindiserf-RS

O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do RS (Sindiserf/RS) realizou o encontro dos aposentados e pensionistas, na tarde desta segunda-feira (5), no auditório da entidade. Conjuntura, informes jurídicos e gerais e encaminhamentos foram os pontos de pauta.

Abrindo a reunião, a secretária de Aposentados e Pensionistas do Sindiserf/RS, Zaida Haack Bastos ressaltou o trabalho da secretaria e agradeceu a participação de todos nesta que é a primeira reunião da atual gestão e também, após a pandemia de covid-19. “É muito importante a presença de todos. Nossa secretaria tem tradição em ouvir os servidores aposentados e aposentadas, por isso estamos muito felizes com esse encontro”, disse Zaida.

A secretária-geral do Sindiserf/RS, Eleandra Raquel da Silva Koch falou sobre a conjuntura, destacando a luta pelo reajuste linear emergencial para os servidores da ativa e os aposentados, devido ao arrocho e achatamento dos salários da categoria. “Não houve nenhum tipo de negociação no governo Bolsonaro. Com muita luta garantimos o funcionalismo no orçamento de 2022/2023 e ainda estamos batalhando para que tenhamos ao menos 18%, igual o que está previsto para o judiciário”, informou ela.

Outro destaque feito pela dirigente foi sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, que entre outras coisas acaba com a nossa paridade entre os servidores aposentados e da ativa. “Por isso dizemos que não é reforma, é o fim do serviço público. E para reconstruir o Brasil, é necessário fazer a defesa do serviço público”, finalizou Eleandra.

O assessor jurídico da entidade, Marcelo Garcia da Cunha falou sobre o Estatuto do Idoso, que desde 2003 regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

O advogado deu exemplos de como o Estatuto impactou na vida das pessoas. “Infelizmente, não basta só a lei para mudar questões culturais, mas o Estatuto é fundamental para assegurar direitos e mais dignidade aos idosos”, declarou.

Marcelo ponderou que após os 60 anos é o período da vida que as pessoas mais precisam ter meios de sobrevivência,  pois é quando aumentam os gastos com os cuidados de saúde. Porém, é nesta fase que a renda diminui. “Distorções como essa, não é só a lei que muda e esse é mais um dos motivos por que precisamos fazer esse debate”, acredita.

A reunião contou, ainda, com a presença do servidor aposentado, José do Patrocínio Costa Martins, conhecido como Caçapava. Por anos, ele esteve à frente da secretaria e veio de Pelotas participar da atividade.

Por fim, os servidores presentes esclareceram suas dúvidas com o advogado e dirigentes.