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Coronavírus: Jornalista comenta atuação do MS e ajuda a explicar estabilidade

Para a Condsef/Fenadsef, os comentários de Cantanhêde reforçam a importância de se garantir investimento no setor público, em pesquisa, em servidores capacitados e destaca uma das funções da estabilidade no serviço público


Coronavírus: Jornalista comenta atuação do MS e ajuda a explicar estabilidade
Eliane Cantanhêde no "Em Pauta" (Reprodução/GloboNews)

Condsef/Fenadsef

A jornalista Eliane Cantanhêde comentou a atuação dos servidores do Ministério da Saúde (MS) na situação de emergência em saúde pública global no programa "Em Pauta" da GloboNews. A jornalista elogiou a eficiência, experiência e capacidade dos servidores em montar um esquema que prepara o Brasil para o possível avanço de um vírus novo e letal (novo coronavírus) que já deixou mais de 169 mortos na China. Cantanhêde destacou que não importa se os governos são de "direita ou esquerda" no Brasil, os servidores estão preparados para servir ao País. 

Para a Condsef/Fenadsef, os comentários de Cantanhêde reforçam a importância de se garantir investimento no setor público, em pesquisa, em servidores capacitados e ajudam a explicar uma das funções importantes da estabilidade no serviço público. Não só na area da saúde, mas em todos os órgãos públicos, a junção da atuação de servidores concursados e investimentos públicos é a receita ideal para garantir atendimento de qualidade a população. O contrário das políticas de cortes e redução de pessoal que têm avançado nesse governo. Mais que um direito, a estabilidade assegura, entre outras coisas, profissionais que não atendem a governos específicos "de direita ou esquerda" como pontuou a jornalista, mas está a serviço da população brasileira e do Brasil. 

Remunerações rebatem teoria do 'privilégio'

Outro dado relevante que também ajuda a desmistificar a condição de "privilégio" dos servidores, muito difundida pelo governo nesse momento, está nos salários de profissionais da saúde. Tendo doutorado, um Assistente Técnico de Gestão em Pesquisa e Investigação Biomédica inicia na carreira recebendo no máximo R$5.492,78, caso receba gratificação integral em 100 pontos. Um sanitarista em Saúde Pública da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho recebe, no topo da tabela salarial, R$11.943,73.

Já um médico de Saúde Pública com carga horária de 40 horas semanais, no topo da carreira ganhando 100 pontos de gratificação recebe R$ 10.660,17. Um médico do Plano Especial de Cargos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebe salário inicial de R$10.719,14 caso seja avaliado em 100 pontos. Esses são apenas alguns exemplos de remunerações pagas pelo setor público. Vale lembrar que o salário da maioria dos servidores do Executivo Federal está congelado desde fevereiro de 2017. 

Fonte: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao-publica/arquivos-e-publicacoes/tabela-de-remuneracao-78-jan2019.pdf

Veja aqui o comentário de Cantanhêde:

>> Confira íntegra da matéria do "Em Pauta" sobre o novo coronavírus

Ontem, pela conta do Twitter do Ministério da Economia, o ministro Paulo Guedes voltou a defender o fim da estabilidade no serviço público. Apesar de declarar que o fim do direito atingiria apenas novos servidores, o secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva, lembrou no podcast semanal da entidade "Conversa Pública" que não existe essa segmentação de "novos" e "velhos". "A máquina pública não pode ter uma interrupção da forma como atual governo quer fazer. Serviço público requer a estabilidade não para blindar servidores, mas sim como uma proteção também para conter assédios e perseguições de chefes imediatos e gestores de plantão", comentou. "Não irão nos dividir, vamos marchar juntos na defesa dos serviços públicos". 

Audiência com Guedes

Ontem, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que reúne servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, protocolou um pedido de audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Com uma reforma Administrativa que deve ser encaminhada ao Congresso Nacional em fevereiro, os representantes dos servidores nunca foram recebidos para debater a proposta. A categoria, que lança sua campanha salarial unificada nos próximos dias 11 e 12, quer ser ouvida sobre o que tem sido divulgado até o momento e também apresentar a pauta prioritária de reinvindicações do setor. Os servidores buscam a reabertura imediata de um canal permanente de negociações.

No dia 11 de fevereiro uma atividade deve marcar o lançamento da Campanha Salarial unificada dos federais. No dia 12, a Condsef/Fenadsef também participa de ato no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados, convocado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços Públicos, contra as privatizações, por soberania nacional e contra o desmonte do setor público.






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