Sintrasef-RJ
Mais de cinco mil pessoas estiveram em Brasília para defender a saúde pública do país na 16º Conferência Nacional de Saúde. Organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), o evento aconteceu dos dias 4 a 7 de agosto e teve como sua principal pauta a reafirmação do Sistema Único de Saúde (SUS). Das três mil conferências preparatórias que rodaram o Brasil ao longo do ano, foram aprovadas 329 propostas e 31 diretrizes para o relatório final.
A Comissão de Relatoria foi responsável por discutir, avaliar e alterar todo o material das conferências estaduais que foi levado para Brasília. No total, foram 45 grupos de trabalho e o Sintrasef esteve presente em algumas equipes. Além das propostas aprovadas, os delegados da conferência também conseguiram aprovar 56 moções na plenária deliberativa, todas ligadas à saúde. Entre elas, garantia de direitos, medicamentos, assistências integrais, financiamento adequado e o fortalecimento do SUS.
Porém, os participantes não se limitaram apenas ao processo deliberativo. A conferência contou com 31 atividades autogestionadas e 49 apresentações culturais, realizadas de maneira simultânea à programação oficial do evento. Também ocorreram três atos em defesa do SUS e contra as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro. Segundo o diretor do Sintrasef, José Augusto, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi recebido com vaias no dia da abertura.
Em entrevista ao CNS, o ministro garantiu que levará em consideração as demandas contidas no relatório final, que será divulgado ainda este ano, após o trabalho de compilação das propostas.
O diretor Augusto garante que o evento foi muito bom, pois ajudou a reafirmar a democracia e manter o SUS. Muitas propostas do Rio de Janeiro foram aprovadas, como o não fechamento dos hospitais federais e a melhoria na rede pública. Para a população, a 16º Conferência Nacional é um grande avanço, já que impede que as portas dos hospitais sejam fechadas.