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Clima de união e protesto toma conta da semana do Dia do Servidor

Depois de serem alvos de diversos ataques desferidos pelo atual Governo, os trabalhadores pretendem dar um basta ao desmonte dos serviços públicos, à retirada de direitos e a entrega do patrimônio nacional


Clima de união e protesto toma conta da semana do Dia do Servidor
Foto: Sindsep-PE

Sindsep-PE

Um clima de união, protestos, expectativas e perplexidade em relação aos ataques que vêm sendo promovidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) contra os servidores públicos e os trabalhadores de uma forma em geral toma conta da semana em que é comemorado o Dia do Servidor (28 de outubro). Diversas categorias de trabalhadores de várias partes do Brasil se dirigiram a Brasília nesses dias. Entre eles, o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira, e diretores do Sindicato (Foto), representando os servidores federais de Pernambuco.  

Na capital federal, eles participaram do seminário com o tema: O desmonte do estado social brasileiro: causas, consequências e contradições, na terça-feira (29), e de um ato na Esplanada dos Ministérios, nesta quarta (30). 

No seminário, que reuniu servidores federais das três esferas, foi feita uma avaliação política do atual cenário de destruição do estado brasileiro, que vem sendo lavada a cabo através da extinção de ministérios, cortes em orçamentos, privatizações e reformas da Previdência, Administrativa, Tributária, Trabalhista e Sindical. Na ocasião, foram discutidas as ações e estratégias de enfrentamento na defesa dos servidores e serviços públicos. 

A auditora fiscal Maria Lúcia Fatorelli fez uma palestra em que desmontou o discurso do governo de que o Brasil estaria quebrado para justificar os cortes no setor público e as privatizações. Segundo Maria Lúcia, o País tem mais de R$ 4 trilhões em caixa, em contas no Banco Central, no Tesouro Nacional e em reservas estrangeiras, que deveriam estar sendo usados para investir no país e recuperar a sua economia. No entanto, segundo ela, o governo insiste na versão de arrocho orçamentário com o objetivo de conquistar apoio popular para aprovação de agendas liberais que retiram direitos da classe trabalhadora para remunerar bancos privados e alimentar o sistema da dívida pública.

Ela lembrou que, do orçamento federal executado em 2018, mais de 40% dos recursos foram para pagamentos de juros e amortização da dívida, o que deixa evidente que o problema do Brasil não está no gasto com os servidores públicos como o governo quer fazer a população acreditar. 

É que agora, depois da aprovação da reforma da Previdência, o Governo volta a sua mira para o serviço público e para os servidores com o objetivo de reduzir os gastos e canalizar mais recursos para o pagamento da dívida pública. Bolsonaro está propondo o fim das licenças e gratificações, redução de jornada de trabalho com redução de salários e do piso salarial de acesso ao serviço público e fim da estabilidade, da progressão por tempo de serviço e do abono permanência.   Quer ainda implantar planos de demissão incentivada, a disponibilidade de servidores em caso de extinção de órgãos, cargos e carreiras e ampliar a contratação temporária. 

Ato na Esplanada

Durante a mobilização desta quarta-feira, organizada pela CUT, com apoio das demais centrais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os trabalhadores ocuparam a Esplanada dos Ministérios para defender as estatais brasileiras, a soberania do Brasil, serviço público de qualidade para a população, os direitos trabalhistas e os empregos. 

Depois de serem alvos de diversos ataques desferidos pelo atual Governo, os trabalhadores pretendem dar um basta ao desmonte dos serviços públicos, à retirada de direitos e a entrega do patrimônio nacional anunciada por meio das privatizações de áreas essenciais como saúde, educação, água, energia e saneamento. O ato reuniu, além de servidores públicos, categorias como as dos bancários, metalúrgicos, petroleiros, professores, trabalhadores de estatais como Eletrobras e Correios, terceirizados e desempregados.

“Estamos unidos mais que nunca para dizer que não aceitaremos a retirada de mais direitos. Depois de dificultar ao máximo a aposentadoria para os brasileiros, agora o governo pretende esvaziar o serviço público para repassar tudo para a iniciativa privada e deixar aqueles que mais precisam desassistidos. Todo o povo brasileiro será prejudicado com os ataques aos serviços públicos, as privatizações e o desastre econômico”, comentou o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.     






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