Condsef/Fenadsef
Em 28 de abril de 2017, os trabalhadores brasileiros protagonizaram a maior greve geral da histórica do País. O balanço do movimento apontou que cerca de 35 milhões de pessoas participaram das paralisações que conseguiram barrar naquele momento a aprovação da reforma da Previdência proposta por Michel Temer. Com um projeto pior (PEC 6/09) proposto pelo governo Bolsonaro e que ataca ainda mais direitos dos trabalhadores, que pode acabar com a Previdência Pública e o direito a aposentadoria no Brasil, a expectativa das centrais sindicais que se uniram e convocaram a Greve Geral é de superar a adesão nessa sexta-feira, 14. No sábado, 8, a maioria dos servidores do Executivo da base da Condsef/Fenadsef aprovou em plenária nacional a participação dos federais na Greve Geral.
Naquele abril de 2017, mais de 28 categorias da base da Condsef/Fenadsef se uniram aos atos. No último dia 7, entidades do Fonasefe protocolaram junto ao Ministério da Economia a participação dos servidores no movimento de 2019. A frustração com a falta de respostas à pauta de reinvidicação da categoria e ausência de negociações, além de ataques a direitos, cortes no setor público e ausência de investimentos no orçamento da União 2020 estão entre motivos dos servidores de aderir aos atos. A defesa da Previdência Pública também está no centro da paralisação.
Empregados da Ebserh, com impasse no processo de negociação de seu acordo coletivo também aprovaram adesão e devem iniciar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18. Nessa sexta, 14, trabalhadores do setor público, da iniciativa privada, do campo e da cidade voltam a mostrar ao governo a insatisfação com políticas que promovem reformas e a retirada de direitos conquistados com muita luta.
Haverá resistência daqueles que defendem um país desenvolvido e com justiça social. Com a paralisação de atividades, a ausência de consumo ou participando de atividades nas capitais e também nos municípios os trabalhadores conseguiram alterar a correlação de forças provocando resposta às suas reinvindicações freando a derrubada de direitos essenciais com a reforma da Previdência. Em 2017, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) divulgou que o comércio brasileiro deixou de faturar cerca de R$ 5 bilhões no dia da greve geral.
Mesmo com toda pressão, a reforma Trabalhista conseguiu ser aprovada com o pretexto de que empregos seriam gerados. O que sabemos hoje não ocorreu. Agora, o governo Bolsonaro alega que sem a reforma da Previdência o Brasil irá quebrar. De novo usam de chantagem e mentiras que a classe trabalhadora não vai aceitar. A situação atual exige uma reação ainda mais forte. A luta contra a retirada de direitos continua.
A Condsef/Fenadsef e suas entidades filiadas vão seguir o calendário de atividades das centrais unidas em torno da #GreveGeral dessa sexta-feira, 14. A orientação é para que ninguém saia de casa e evite consumir produtos e serviços nesse dia. É um dia de concentração e unidade de toda classe trabalhadora contra a reforma da Previdência, pelo direito à aposentadoria.
Quer sair de casa e se reunir com outros trabalhadores? Há protestos marcados em algumas cidades. Há também rodas de debates e outras ações programadas. Rodoviários e metroviários estão aderindo à greve. Então vale ficar atento a logística para locomoção. O importante é aderir. Estamos todos juntos. É nessa sexta. Por nossos direitos. Por cidadania. Por dignidade.