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Ceplac completa 62 anos na luta por revitalização

A pressão do agronegócio tem sido constante para barrar a revitalização e dar fim a um órgão central para o desenvolvimento da região cacaueira, que leva benefícios ambientais, econômicos e sociais por onde atua


Ceplac completa 62 anos na luta por revitalização
Foto: Sintsef-BA

Sintsef-BA

Criada em 20 de fevereiro de 1957, pelo Presidente Juscelino Kubitschek, a CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – chega hoje aos seus 62 anos. Embora a data não deva passar em branco, diante da importância história que o órgão possui dentro do panorama de desenvolvimento econômico e social brasileiro, o fato é que para além disso não há muito o que comemorar. A CEPLAC agoniza com os graves problemas causados pela falta de investimentos e a crescente defasagem de pessoal. A deficiência do quadro funcional tem se agravado e ocorre, sobretudo, pela não realização de concursos públicos, medida capaz de recompor da força de trabalho e suprir o grande volume de servidores já aposentados ou em vias de se aposentar. 
 
O seu papel institucional também sofreu sucessivos abalos ao longo das últimas décadas. A importância da CEPLAC para o setor agrícola está no fato de que ela transcende outras instituições rurais, pois atua na área de ensino, pesquisa e extensão, capacitação e apoio ao desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau.  Além do sucateamento, perdeu sua autonomia, se tornou um departamento subordinado à secretaria executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 
 
Nem isso a livrou se sucessivas tentativas de extinção. A pressão do agronegócio tem sido constante para barrar a revitalização e dar fim a um órgão central para o desenvolvimento da região cacaueira, que leva benefícios ambientais, econômicos e sociais por onde atua.
 
Os técnicos da CEPLAC, entre outras atribuições, são responsáveis também por prestar assistência técnica aos agricultores e atuam em 54 municípios da região cacaueira. É preciso uma ação firme da sociedade e seus segmentos organizados para assegurar que órgãos públicos, como a CEPLAC, estejam cada vez mais capacitados para representar os interesses da população vulnerável, contribuindo para a redução das desigualdades e a inclusão social no ambiente rural.
 
Somente a Bahia é responsável por 60% da produção de cacau e chocolate do país. Estima-se que a rede de produção de cacau envolva mais de 5 milhões de pessoas com geração de emprego e renda. O Brasil tem todas as condições de voltar a ser um grande exportador de cacau mesmo tendo enfrentado problemas como a Vassoura de Bruxa e dificuldades de financiamento e de condições de infraestrutura para o setor.
 
O SINTSEF-BA, aliado à CUT e à CONDSEF, luta pelo fortalecimento e institucionalização da CEPLAC. Defendem uma instituição sólida, preparada para enfrentar os novos desafios e que siga promovendo o desenvolvimento rural e o manejo ambiental sustentável.






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