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Campanha defende reajuste de 33% para servidores que podem optar por greve

Diante do desprezo do governo Jair Bolsonaro para com o servidor e o serviço público brasileiro, não se conseguiu avanços nas negociações de 2019


Campanha defende reajuste de 33% para servidores que podem optar por greve
Reprodução/Sindsep-PE

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A Campanha Salarial 2020 dos servidores públicos federais será lançada no próximo dia 12 de fevereiro. Mas os representantes dos trabalhadores já estão mobilizados para fechar a Pauta Nacional de Reivindicações. Diante do desprezo do governo Jair Bolsonaro para com o servidor e o serviço público brasileiro, não se conseguiu avanços nas negociações de 2019. Desta forma, integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais (Fonasefe) e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado  (Fonacate) irão ajustar a pauta do ano passado para protocolá-la no Ministério da Economia, no dia 12.

Eles vão brigar pelo mesmo índice de reajuste do ano passado: 33%, sendo 31% de perdas pela inflação e 2% de ganho real. 

“Não tivemos nem um avanço sequer porque todas as vezes que procuramos manter um diálogo com os representantes do Governo eles disseram que a Emenda Constitucional 95 impedia os reajustes. Mas a EC-95 não impediu o reajuste dos militares de alta patente. Não impediu o reajuste dos policiais federais. Ou seja, estão massacrando apenas os servidores civis”, destacou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo.

O representante sindical lembra que o último reajuste para os servidores do Executivo foi concedido em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Foi um reajuste de 10,8% que foi pago em duas vezes, em 2016 (5,5%) e em 2017 (5%). Além disso, naquele ano 365 mil servidores aposentados e pensionistas incorporaram, em seus proventos, as gratificações que recebiam quando estavam na ativa. 

“Já são três anos com os salários congelados. Precisamos acordar. Não podemos mais ficar na zona de conforto. Temos que partir para o enfrentamento. E não adianta mais fazer apenas mobilização de rua. No meu entendimento, só iremos ter força para nos contrapor a esse governo se nos unirmos em uma grande greve nacional”, alertou Sérgio Ronaldo.

E os servidores já estão mobilizados para construção de uma greve no Dia Nacional de Paralisação, Mobilização, Protesto e Greves, marcado para 18 de março. 

O secretário-geral da Condsef/Fenadsef lembra que os empregados da Casa da Moeda deram um bom exemplo de como se contrapor aos ataques diários que vêm sendo promovidos por Bolsonaro contra os servidores e o serviço público. “O governo está ameaçando demitir funcionários e privatizar a Casa da Moeda. Não queriam negociar com o sindicato que representa os trabalhadores. Resultado: os empregados ocuparam o prédio da Casa da Moeda. Depois disso, o governo decidiu reabrir a negociação, com o sindicato, do Acordo Coletivo de Trabalho. Ou seja, se não resistirmos, não conseguiremos nada”, destacou.






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