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Brasil atravessa caos na segurança e governo monitora jornalistas

Ao invés de se empenhar para proteger a população brasileira, o governo promove a propagação do número de armas de fogo no país e monitora jornalistas e influenciadores digitais críticos a sua gestão


Brasil atravessa caos na segurança e governo monitora jornalistas
Assalto em Cametá, no Pará (Reprodução)

Sindsep-PE

O Brasil atravessa um caos na segurança pública com o aumento da violência em todo o país devido ao fracasso econômico do governo Bolsonaro que multiplicou o número de desempregados. Mas ao invés de se empenhar para proteger a população brasileira, o governo promove a propagação do número de armas de fogo no país e monitora jornalistas e influenciadores digitais críticos a a sua gestão, em um grande ataque a democracia nacional. 

No último dia 30 de novembro, cerca de 30 pessoas encapuzadas invadiram a cidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, para assaltar uma agência do Banco do Brasil. O grupo provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, atirou contra o Batalhão da Polícia Militar (PM) e usou reféns como escudo. Durante a ação, que durou 1 hora e 45 minutos, foram feitos vários disparos de armas de fogo.

Dois dias depois, no início da madrugada dessa quarta-feira (02), uma quadrilha tomou as ruas de Cametá, no interior do Pará, a 235 km de Belém. O grupo também assaltou uma agência do Banco do Brasil em uma ação muito parecida com a que ocorreu em Criciúma. Moradores relataram em redes sociais uma noite de terror. Um homem foi morto após ser feito refém. Outra pessoa foi atingida na perna e está internada no hospital da cidade.

Assim como ocorreu em Criciúma, a quadrilha atacou um quartel da PM, impedindo a saída dos policiais, e usou reféns como escudos para se locomover pelas ruas da cidade (Foto). As pessoas foram capturadas em bares. Os criminosos atiraram para cima durante mais de uma hora com armas de alto calibre. Eles também usaram explosivos na ação. A agência do BB atacada, que fica no prédio da Câmara dos Vereadores de Cametá, ficou destruída. 

A sequência de assaltos têm deixado muitos brasileiros em alerta. Vários comentários foram registrados nas redes sociais. Várias pessoas estão com medo da cidade onde residem ser a próxima atacada. 

Ações muito parecidas a essas já foram registradas anteriormente. No último dia 2 de maio, criminosos fortemente armados levaram pânico aos moradores de Ourinhos (SP). Pelo menos 40 homens fortemente armados usou explosivos para roubar uma agência bancária e trocou tiros com a Polícia Militar. Eles cercaram as bases policiais e atiraram contra um posto no centro da cidade, que ficou destruído.

Mais armas no Brasil

O gesto de arma com a mão, usado por Jair Bolsonaro como símbolo da campanha ao Planalto, nunca foi tão repetido no Brasil. Mas os criminosos não fazem esse gesto apenas com as mãos. Pesquisas apontam que parte das armas de fogo usadas por criminosos vem dos lares brasileiros. E no primeiro semestre deste ano, a Polícia Federal (PF) concedeu 58 mil novos registros de armas de fogo para defesa pessoal, quatro mil a mais do que em todo o ano passado.

A ampliação do acesso às armas é explicada pela maior facilidade para sua aquisição e registro, perseguida pelo atual governo federal. A medida mais recente nesse sentido é uma instrução normativa da PF publicada na quinta-feira passada (20/08), que autoriza cada pessoa a registrar até quatro armas em seu nome e reduz a burocracia do processo.

Mais violência

Pesquisas realizadas por instituições como Small Arms Survey, Organização Mundial da Saúde, FBI, Giffords Law Center, Departamento de Justiça norte-americano, Suprema Corte dos Estados Unidos, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública comprovam que o aumento do número de armas aumenta os índices de violência no Brasil e nos EUA.

Combate aos jornalistas

Ao invés de investigar as quadrilhas que estão agindo em todo o país e levando pânico para a população, o governo Bolsonaro resolveu promover o monitoramento de jornalistas que fazem críticas à sua gestão e classificam como “detratores”. Assim como na ditadura civil-militar do Brasil, o governo faz o mapeamento para intimidar seus críticos. A lista apresenta nomes de 81 jornalistas e “outros formadores de opinião” considerados influenciadores em redes sociais.  






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