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Bolsonaro perde apoio e ameaça instituições que deveriam zelar pela democracia

As mobilizações do povo chileno e equatoriano também têm sido utilizadas por Bolsonaro, que tenta colar nos manifestantes a pecha de comunistas para manter viva a crença de que ataques como aqueles podem acontecer no Brasil


Bolsonaro perde apoio e ameaça instituições que deveriam zelar pela democracia
Reprodução/DR

Sindsep-PE

No momento em que o Brasil se transforma em um caos ambiental, político, social e econômico, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) perde apoio popular e volta a atacar algumas instituições que deveriam zelar pela democracia do país e a apelar para que seus apoiadores não o abandonem. 

Um vídeo postado na conta oficial de Bolsonaro no Twitter mostra ele sendo representado por um leão solitário atacado por hienas. As hienas seriam o STF, OAB, CNBB, CUT, MST, PT, PCdoB, Psol, PDT, PSL, Greenpeace, Lei Rouanet, Força Sindical, PSDB, MBL, Globo, Estadão, Veja, Folha, Feministas, isentões e até a ONU. O leão é salvo depois que um outro leão, que representa um apoiador do presidente, se aproxima para o ajudar. Depois da repercussão negativa, o vídeo foi retirado do ar.

Mas o estrago já foi feito. Os defensores da democracia estão considerando a postagem como uma ameaça de um novo golpe no Brasil. A publicação detonou as insatisfações no STF. Ministros do Supremo cobraram do presidente da corte, Dias Toffoli, que este se manifeste contra a postagem. Mas parece que Toffoli está tentando colocar panos quentes na questão. Bolsonaro, cinicamente, pediu desculpas. Mas seus apoiadores já estão impulsionando a hashtag #HienasdeToga.   

Os ministros lembraram a Toffoli que esta não é a primeira vez que a corte é alvo do clã Bolsonaro. Ainda durante as eleições, Eduardo Bolsonaro disse que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF, o que alimentou a narrativa de militantes bolsonaristas contra a corte. 

Os ministros consideram que a publicação do vídeo foi feita por Carlos Bolsonaro, que é responsável pelas redes sociais do pai e, também, já pediu desculpas. Mas, até o momento, Bolsonaro apoiou todas as postagens do filho.

O presidente também já disse que o erro do regime militar foi ter matado pouco. Em recente discurso na ONU, ele repetiu o elogio ao golpe militar. Analistas acreditam que ele vem jogando com a questão com o objetivo de deslegitimar todas as entidades democráticas e preparar o espírito de seus seguidores para um possível golpe. 

As mobilizações do povo chileno e equatoriano também têm sido utilizadas por Bolsonaro, que tenta colar nos manifestantes a pecha de comunistas para manter viva a crença de que ataques como aqueles podem acontecer no Brasil e, por isso, a necessidade de adesão completa ao presidente.

“Resta saber se, depois de apoiar uma pessoa completamente despreparada para assumir a Presidência, a elite econômica e o povo brasileiro o deixarão se tornar um ditador com poderes ilimitados. Como presidente, em pouco tempo, ele está destruindo o país para beneficiar os EUA. Imaginem se ele tiver poderes ilimitados! Seria uma situação muito perigosa para todos”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.   






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