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Bolsonaro gera caos no país, mas população deve continuar mobilizada

Entre os dias 14 e 15 de setembro, data prevista para votação do relatório na Comissão Especial, haverá atos em Brasília e nos estados, além de manifestações com faixas nos aeroportos do país


Bolsonaro gera caos no país, mas população deve continuar mobilizada
Reprodução/DR

Sindsep-PE

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu o que queria. O país acordou nesta quinta-feira (09) em meio ao caos. Depois que o 7 de setembro frustrou as expectativas de seus aliados, que pretendiam invadir o STF e ver decretado o Estado de Sítio com intervenção militar no país, caminhoneiros fecharam estradas em manifestações a favor do golpe em 15 estados brasileiros. Os atos tiveram início na quarta-feira (08). 

A interdição afetou a distribuição de combustíveis e causou correria aos postos de todo o país por causa do temor de desabastecimento de gasolina, provocando grandes filas. O caos gerado deverá impactar diretamente a inflação deste mês de setembro. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu um aumento de 0,87%, depois de atingir uma alta de 0,96% em julho por causa do reajuste no preço dos combustíveis. O IPCA já acumula alta de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses.

O locaute dos caminhoneiros ligados aos empresários do Agronegócio e transportadoras fez com que chovesse uma saraivada de críticas a Bolsonaro por parte de diversos empresários, políticos, economistas, cientistas políticos e jornalistas. Muitos falaram em impeachment. Encostado mais uma vez na parede, Bolsonaro mandou um áudio, ainda na quarta à noite, pedindo para que seus apoiadores desmobilizassem os protestos, alegando que a manifestação poderia agravar a alta da inflação e a situação econômica já frágil do país. 

Muitos caminhoneiros não acreditaram que o áudio era de Bolsonaro e outros se revoltaram contra o presidente e resolveram manter a mobilização. O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, teve que postar um vídeo nas redes sociais para confirmar a autenticidade do áudio. Na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro fez uma reunião por vídeoconferência com a liderança dos caminhoneiros para pedir que parassem com a mobilização.  

“A impressão que fica é a de que ele está fazendo uma grande chantagem com todo o país. Incentivou as lideranças dos caminhoneiros a interditarem as estradas para mostrar que pode parar o país. Com isso, ele quer inibir todas as investigações que existem contra ele e seus filhos. Mas o Brasil não pode se sujeitar a chantagens. Deve haver uma investigação sobre o financiamento desses atos contra a democracia e o povo deve continuar indo para as ruas”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  

Novas mobilizações 

Os servidores e as servidoras federais, estaduais e municipais farão diversas mobilizações nos próximos dias contra a Proposta de Reforma Administrativa de Bolsonaro, a PEC-32. Nesta sexta-feira (10), às 18h, haverá Assembleia Nacional dos Servidores, Entidades e Parlamentares. No sábado (11), manifestações nas cidades onde os deputados que integram a Comissão  Especial que debate a PEC na Câmara Federal. 

Domingo (12), será divulgado um Podcast da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público. Já na segunda-feira (13), às 13h30, ocorrerá a reunião da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público. Também estão sendo convocadas, para este dia, manifestações com faixas nos aeroportos e um twittaço, às 19h. 

Entre os dias 14 e 15 de setembro, data prevista para votação do relatório na Comissão Especial, haverá atos em Brasília e nos estados, além de manifestações com faixas nos aeroportos do país.    






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