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Bolsonaro diz que não buscará alternativas para elevar reajuste a servidores

Presidente culpou teto de gastos e afirmou que não irá buscar subterfúgios para 'atender a quem quer que seja'


Bolsonaro diz que não buscará alternativas para elevar reajuste a servidores
Reprodução/DR

O Tempo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou aos representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estavam em Pernambuco nesta segunda-feira (30) que o governo não pode dar aumento para as categorias em razão do teto de gastos, da falta de dotação orçamentária e também da pressão de outras categorias do funcionalismo público. Ele ainda afirmou que o governo "não vai buscar alternativas" para "atender a quem quer que seja". O governo tem sinalizado com um reajuste de 5% a todas as categorias e feito cortes no Orçamento para isso, mas os servidores exigem recomposiçõs bem maiores em razão da inflação nos últimos anos.

"Somos na verdade, pessoal da PRF, o primeiro governo que tem teto de gastos. Eu não posso dar aumento para a PRF, pra PF, pra Receita, pra quem quer que seja sem existir uma dotação orçamentária para tal", afirmou Bolsonaro em discurso em Recife, onde acompanha os efeitos da tragédia das chuvas.

O presidente afirmou que, durante a pandemia, havia propostas para cortar o salário dos servidores e que o governo optou pelo caminho de menor sacrifício para os servidores.

"Congelamos sim por um ano e meio o salário do servidor, que a proposta do senhor Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara) e que estava na iminência de ser apresentada e aprovada, era cortar em 25% os proventos ou a remuneração de todos os servidores dos três níveis. Nós optamos na outra linha, congelamos por um ano e meio e esperamos a oportunidade para não só reestruturar carreiras bem como conceder reajustes", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que governadores estão concedendo reajustes por ter dinheiro repassado pelo governo federal. 

"Agora, quem está em uma situação bastante complicada sou eu. No ano passado, nós tivemos um extra de arrecadação R$ 300 bilhões, mas não posso usar um real sequer para qualquer outra despesa, porque tem a tal da lei do teto. Nós queremos? Não. Nós somos escravos da lei. Não vou buscar alternativas, subterfúgios, incorrer em crime de responsabilidade para atender quem quer que seja. Reconhecemos o trabalho de todos os servidores, aqui a PRF, a PF, mas, no momento, está bastante complicada a situação", disse.

Bolsonaro ainda culpou os demais servidores por não reestruturar a carreira dos policiais.  "O grande problema não é o nosso lado. São colegas, outros servidores, que não admitem reestruturar vocês sem dar aumentos até abusivos pro outro lado", concluiu.






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