Condsef/Fenadsef

O discurso de pouco mais de seis minutos do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, tem repercutido e gerado críticas pela falta de detalhes e medidas concretas de seu governo. Entre os temas escolhidos para dar destaque, Bolsonaro exaltou a preservação ambiental brasileira. “O Brasil é um modelo a seguir na proteção do meio ambiente. É um paraíso natural que não é suficientemente conhecido”, disse. 

Mas, para quem é da área, as intenções desse governo para o meio ambiente preocupam. Além de ter cogitado o fim do ministério do Meio Ambiente propondo que fosse fundido com o da Agricultura, foi retirada da Funai atribuições de demarcação de terras indígenas. A controversa indicação de Ricardo Salles, um ministro apoiado por ruralistas e alvo de ação contra crime ambiental colocam ainda mais dúvidas no futuro da preservação ambiental brasileira. 

Ocupando apenas o 69o lugar num ranking mundial de preservação ambiental, ainda há muito que evoluir no setor. Investimentos públicos são essenciais para garantir avanços na area. No entanto, há o entrave da Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, a ser vencido. 

Diálogo

A Condsef/Fenadsef espera que um canal de diálogo seja aberto para que preocupações dos servidores da Area Ambiental e também Funai possam ser ouvidas. A entidade solicitou audiência com os novos integrantes responsáveis pela interlocução do governo com os servidores. A solicitação envolve apresentar e debater as demandas de todos os setores da base da entidade que representa cerca de 80% do total de servidores do Executivo.