Sintsef-BA

Dirigentes do SINTSEF-BA estiveram nesta quarta-feira, 12, na Superintendência Regional do IBAMA, em Salvador, e, além de ouvirem as demandas dos trabalhadores, explicaram a importância da participação no Dia Nacional de Greve, em 18/03. Os trabalhadores e trabalhadoras presentes acataram a argumentação do sindicato e confirmaram a adesão ao ato.

O cenário político e econômico do país na atualidade já deu mostras suficientes do desastre da gestão irresponsável e calamitosa desse governo. Já passa da hora de servidores – e a população, de modo geral – reagirem e estarem nas ruas protestando. Os ataques que a gestão Bolsonaro e Paulo Guedes promovem contra empresas até bem recentemente muito lucrativas, como a Petrobrás, os Correios, não deixa margem para dúvidas: é a entrega de nosso patrimônio, o desmonte das políticas públicas. O mesmo também pode ser dito a respeito dos já conhecidíssimos – e não menos graves – sucateamento de setores estratégicos para o nosso desenvolvimento, como educação, saúde e meio ambiente. Se não reagirmos, tudo vai piorar.

O IBAMA, por exemplo, é um órgão federal de grande importância para a preservação e manutenção do Meio Ambiente no Brasil. Ele atua de forma eficiente para a preservação de nossas matas, florestas, rios, fauna e recursos naturais diversos. Faz o controle e monitoramento ambiental. Sem a atuação deste órgão e seus trabalhadores (as), poderíamos ter um país devastado, sem qualquer fiscalização e controle no manejo dos recursos naturais, como a contaminação de rios, praias e florestas, favorecendo o crescimento de crimes ambientais – sobretudo os cometidos por grandes empresas.

Há poucos dias a imprensa divulgou que em 2019 a aplicação de multas e penalidades ambientais foi reduzida ao menor número em 24 anos. A falta de pessoal é o fator responsável por essa crise. A corrida para a aposentadoria antes da Reforma da Previdência e a ausência de concursos públicos comprometem diretamente a prestação de serviços do órgão. Ou seja: os crimes não diminuíram desde 1995, mas fiscalização sim. Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União comprovou o problema do déficit de fiscais.

Enquanto a população continua exigindo mais saúde, educação, transporte, cultura, infraestrutura, segurança e outros serviços públicos essenciais de qualidade, que faça valer as altíssimas taxas de impostos pagos no país, o governo atua na direção contrária, cortando investimentos, deixando de realizar concursos públicos e cortando direitos dos servidores.