Paridade já! Mais de três mil vozes entoaram esse grito de guerra na Esplanada dos Ministérios, ontem em Brasília, durante a marcha nacional em defesa da igualdade salarial entre os servidores ativos, aposentados e pensionistas. O ato público unificado foi coordenado pela Condsef e contou com a participação de várias entidades ligadas à categoria, dentre elas, a CUT, a Andes, a Fasubra, a Fenajuf e a Fenasp. Além do Sindsep, sindicatos de mais 15 estados participaram da manifestação. Uma demonstração de força.

A concentração do ato público foi na Catedral de Brasília, sob sol forte e o clima árido do Distrito Federal. De lá, os servidores seguiram rumo ao Palácio do Planalto. Mas antes, teve uma parada estratégica em frente ao Ministério do Planejamento. Do carro de som os manifestantes mandaram o recado para o governo.

“Os trabalhadores passam 30 ou 35 anos se dedicando ao serviço público e quando se aposentam são penalizados com redução salarial. Isso não pode acontecer, muito pelo contrário. Eles precisam ser reconhecidos”, disse o diretor de Imprensa do Sindsep, Fernando Lima, que participou da marcha. Ele é do quadro da ativa, assim como tantos outros colegas do serviço público que estavam presentes no ato. “Devemos engrossar a luta pelos direitos dos aposentados porque seremos um deles futuramente”, completou o Sindicalista.

Durante a marcha, os servidores também fizeram um resgate histórico da perda de direitos dos aposentados e pensionistas do serviço público. Eles lembraram, em alto e bom som, que essa quebra da paridade, iniciada por FHC, teve continuidade no Governo Lula com a segunda Reforma da Previdência de 2003. Os manifestantes lembraram que naquele ano a manifestação foi massiva. “Milhares de servidores vieram a Brasília para protestar contra o governo. Se a paridade não for respeitada definitivamente, vamos realizar manifestações maiores que aquelas”, ameaçou o secretário geral da Condsef, Josemilton Costa.

OUTRAS CONQUISTAS - A Condsef lembrou aos servidores presentes na marcha em defesa da paridade que, além de melhorias salariais, existem outras bandeiras de luta que precisam ser levantadas em defesa da aposentadoria no serviço público. Uma delas já está concebida na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 270/08, de autoria da deputada federal carioca, Andréia Zito. A matéria prevê o provento integral na aposentadoria por invalidez. Atualmente, esses aposentados ganham apenas 30% do seu provento integral.

Publicado em 18/03/2009