Sintsep-GO

O Sintsep-GO realizou, no último dia 11 de novembro, sua 3ª Plenária Sindical de Base, no clube da entidade, situado em Aparecida de Goiânia. A plenária, que é estatutária, contou com a participação de 86 delegados(as) de base e 27 participantes, entre trabalhadores e convidados.

Além dos delegados e dirigentes da entidade, participaram da atividade o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo; o diretor da Condsef/Fenadsef, Edilson José Muniz; o assessor econômico da subseção do Dieese na Condsef/Fenadsef, Max Leno de Almeida; o deputado estadual eleito, Mauro Rubem (PT); um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Goiás e candidato a deputado federal pelo PT na última eleição, José Valdir Misnerovicz e o secretário de Imprensa e Divulgação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), Napoleão Batista, que representou a presidenta da entidade e deputada estadual eleita pelo PT, Bia de Lima.

Logo no início, o tesoureiro do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues, aproveitou a presença dos representantes eleitos para a Assembleia Legislativa para solicitar deles apoio ao sindicato para formalização do convênio com o Ipasgo. “Pedimos que vocês sejam nossos padrinhos nesse processo que nós estamos inseridos, para que nós consigamos este avanço para nossos filiados e filiadas”, pleiteou.

Como não poderia deixar de ser, a temática das análises de conjuntura, após os informes sindicais e jurídicos, girou praticamente em torno da vitória do ex-presidente Lula e do que isso significa para os trabalhadores, sobretudo para os servidores públicos federais. Esse inclusive, foi o tema da exposição do economista Max Leno de Almeida, cuja abordagem está na entrevista correlata.

Ponto de mutação

Nas palavras de Sérgio Ronaldo, a vitória do ex-presidente Lula representa um ponto de mutação na trajetória brasileira, especialmente para a classe trabalhadora. “Conseguimos interromper a política de desmonte do Brasil, empreendida por Bolsonaro, que está entregando o país arrasado. Foi uma vitória maiúscula. Agora, vamos fechar a torneira das privatizações, voltar a ter negociação com o governo. É de assustar a situação na qual se encontram os serviços públicos no Brasil e nós vamos mostrar isso na equipe de transição”, apontou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, entidade que integra, informalmente, a equipe de transição do governo Lula.

Os trabalhadores cobram do presidente Lula o cumprimento do “revogaço”, ato que – como diz o próprio nome – deverá cancelar mais de 6 mil atos de Bolsonaro que contribuíram para o desmonte do serviço público e para a piora da qualidade de vida da população, sobretudo a parte mais carente do país.

Os servidores querem ainda a reestruturação dos órgãos (a maioria está sucateada e sem servidores como Incra, Funai, Ibama, Ministério do Trabalho e Conab, entre outros) e de suas políticas públicas, retorno das negociações e reajuste salarial, que já não ocorre há seis anos.

Para a presidenta do Sintsep-GO, Márcia Jorge, o momento é de comemoração, mas também de fortalecimento da mobilização. “O governo Lula é um governo em disputa, formado por um amplo leque de alianças. É claro que seu direcionamento prioritário deverá ser a classe trabalhadora, mas isso não acontecerá se nós não estivermos lá cobrando e dando sustentação. Os governos Lula e Dilma foram os que nós mais fizemos atos, mais acordos e os que mais valorizaram nossa carreira desde a redemocratização do Brasil. É Lula lá e nós aqui, debatendo, discutindo política, fazendo formação, indo para as ruas, fortalecendo os sindicatos, a luta sindical e os movimentos sociais”, afirmou.

Ao término, foram aprovados como encaminhamentos da plenária, por unanimidade, referendar o plano de lutas da Condsef/Fenadsef para 2023; participar e encampar as atividades do Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania e acompanhar as deliberações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) goiana e nacional.

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