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27/02 - Condsef se junta a outras 51 entidades contra preconceito aos movimentos sociais do campo

A Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) se uniu a outras 51 entidades sindicais que integram o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) em nota de repúdio (leia íntegra aqui) contra declarações feitas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O magistrado disse considerar ‘ilegal’ repasse de recursos públicos a movimentos sociais e sindicais do campo que cometem o que considera ‘atos ilícitos’. O documento de repúdio foi aprovado nesta sexta-feira durante Seminário por Campanha do Limite da Propriedade da Terra. Chocadas, as entidades protestaram diante do que classificaram de atitude preconceituosa do presidente do STF. O FNRA avisa que a “luta pela reforma agrária não vai recuar diante de declarações imponderadas como estas”.



Na nota, o FNRA lembra ainda que, ao longo da história da luta pela terra no Brasil, os movimentos sociais sempre buscaram garantir os direitos humanos. Para as entidades, Gilmar Mendes está estimulando o processo de criminalização dos movimentos sociais e sindicais que querem a consolidação de uma sociedade livre, organizada e democrática.

Lamentável – Os militantes acreditam que ao invés de enfraquecer, este tipo de declaração fortalece a luta em defesa de uma verdadeira Reforma Agrária no Brasil. O FNRA considera lamentável que o presidente do Supremo sobreponha medidas provisórias e legislações recentes à Constituição Federal que assegura aos cidadãos e cidadãs o direito à terra aos que nela trabalham. Garante ainda moradia e vida digna.

Hoje, os recursos orçamentários da União destinados à reforma agrária não dão conta da demanda. Estima-se que cerca de 250 mil famílias de sem-terras vivam acampadas em beiras de estradas submetidas a inúmeras situações de risco. Muitos são os óbitos de trabalhadores rurais assassinados enquanto lutavam por seus direitos.

Vontade política – O FNRA é favorável ao limite do tamanho da propriedade rural e pela assinatura de Portaria que atualiza os índices de produtividade. Segundo o documento divulgado pelo Fórum, o Estado tem recursos suficientes para realizar a reforma agrária em menos de três anos. Bastaria vontade política.

 

 






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