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26/02 - SRH desmarca reuniões. Plenária vota calendário de mobilização neste sábado

Sem dar justificativa, a Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento encaminhou ofício à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) desmarcando nove reuniões que já estavam confirmadas. Para a Condsef a atitude unilateral é mais um dos sinais de recuo no processo de negociações com os servidores, demonstrado desde a reunião do último dia 23 na SRH. Entre os prejudicados com os cancelamentos estão servidores do Incra, Dnit, SPU, ministérios da Cultura, Agricultura, PCCTM, PECFAZ, INPI e Inmetro. Nesta sexta-feira, o Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Condsef se reuniu e construiu a proposta de um calendário de mobilização. O calendário será votado por representantes de servidores de todo o Brasil neste sábado, durante plenária nacional da Condsef que acontece a partir das 9 horas no Teatro Dulcina, em Brasília.



Entre as propostas que serão votadas está a realização de assembléias nos estados a partir do dia 1º de março. O objetivo é debater o processo de negociação com o governo que envolve cumprimento dos acordos, discussão e combate ao projeto de lei (PL) 549, que prevê o congelamento de investimento público por uma década. Um indicativo de greve também será debatido entre os servidores.

O calendário de lutas da Condsef prevê ainda diversas paralisações de 24 horas e um ato público em Brasília. A intenção é realizar uma nova plenária nacional no dia 18 de março. Entre as atividades das categorias da base da Condsef está também a realização de encontros setoriais. Entre os dias 13 e 14 de março servidores da Cultura, Fazenda, AGU, MTE, Agricultura, Órgãos Militares, Ciência e Tecnologia, INPI e Inmetro debatem problemas e demandas de seus setores. Servidores do Ibama também têm encontro marcado após término das negociações em curso com o governo.

O calendário de atividades proposto pela Condsef prevê também a realização de um seminário para discutir a idéia de carreiras transversais que vem sendo defendida pelo governo para a administração pública. O seminário deve acontecer no dia 16 de março em Brasília.

Campanha salarial – A Condsef e suas filiadas vão preparar os servidores da base para o lançamento de uma ampla campanha salarial. Além das demandas ainda pendentes, a categoria deve cobrar os impactos maléficos do PL 549 tanto para a administração pública quanto para a sociedade. Um diálogo com a sociedade deve ser travado. Os servidores devem explicar os motivos que os levam a realizar a greve. Além de buscar o reconhecimento de sua força de trabalho, por meio de melhores condições, os servidores defendem também a correta aplicação do dinheiro público, cobrado de todo o cidadão para se ter acesso a serviços públicos de qualidade.

Em ano eleitoral, é importante fazer um debate com a sociedade para buscar os verdadeiros responsáveis pela ausência de investimento na melhoria de serviços voltados à população. É preciso combater a idéia de que o servidor reclama de “barriga cheia”. A maioria precisa encarar no dia-a-dia a dificuldade de atender a população com equipe reduzida, ausência de material adequado para o trabalho, além de conviver com abismos salariais que revoltariam qualquer trabalhador.

Em meio a uma realidade estressante, os servidores precisam ainda conviver com a dificuldade de negociar com o governo. Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos, ainda é necessário criar mecanismos capazes de instalar direitos e deveres quando se instala um processo de negociação. Pois os servidores ainda vivem a mercê dos interesses do governo. Não há nenhum mecanismo que obrigue o governo a cumprir aquilo que prometeu aos servidores, ainda que exista um processo de negociação legítimo instalado. Assim, as greves acabam sendo o recurso necessário para que os servidores vejam cumpridas as demandas pelas quais lutaram durante anos.





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