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23/03 - Entidades que representam servidores da Seguridade se unem para cobrar acordos de 2005

Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho Previdência e Assistência Social (FENASPS) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), entidades que representam servidores da Seguridade Social, se uniram para solicitar o cancelamento de uma reunião da Mesa Setorial do Ministério da Saúde que aconteceria amanhã (24). O pedido de cancelamento se deve ao fato de os servidores não acreditarem que a reunião possa levar ao avanço nas discussões que vêm sendo feitas na mesa, principalmente no que se refere à discussão sobre o plano de carreira para a Seguridade Social. O cancelamento foi também um apoio das entidades à greve que está em curso na base da CONDSEF. Servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) já estão com uma greve em curso em sete estados. O movimento tende a se fortalecer caso o governo não cumpra com os acordos assumidos com a categoria em 2005. Dos cinco pontos que constavam em um termo de compromisso assinado entre governo e servidores, quatro ainda estão sem resposta. A CONDSEF avalia que é preciso ampliar o movimento na Funasa para conseguir arrancar as reivindicações ainda sem resposta.



Diante desta ação das entidades o Ministério da Saúde já sinaliza com a possibilidade de na próxima segunda dar uma resposta sobre lotação dos servidores da Funasa que foi alvo de discussão hoje em uma reunião entre representantes da União, Estados e Municípios, chamada Tripartite. O governo já estuda também a possibilidade de apresentar uma proposta definitiva para Indenização de Campo, já na semana que vem.

Uma audiência com o ministro Saraiva Felipe foi solicitada para cobrar o cumprimento dos compromissos feitos por ele em janeiro deste ano. As entidades aguardam a confirmação desta reunião. Enquanto isso, a CONDSEF reforça a importância de os servidores permanecerem e ampliarem a greve na Funasa. “Estamos otimistas. Nosso movimento de pressão é que irá forçar alguma ação do governo”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da CONDSEF e servidor lotado na Funasa.

Neste conjunto de acordos não cumpridos os servidores da Funasa aparecem como grandes prejudicados; o que motiva a greve da categoria. Entre os termos do compromisso assinado entre governo e entidades representativas dos servidores está a criação de um Grupo de Trabalho específico só para realizar estudos sobre a lotação dos servidores da Funasa. O grupo deveria ter sido criado 15 dias após a data da assinatura do termo de compromisso o que aconteceu no dia 27 de setembro de 2005.

Questões sobre transformação da Indenização de Campo em gratificação, estudos sobre a jornada de trabalho de 30 horas dos servidores e exames periódicos nos servidores em exercício no Pará, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e Tocantins também ainda não foram atendidas.

Todos os itens fazem parte do acordo feito logo após o fim da forte greve conduzida pelos servidores da Funasa, Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência Social no ano passado. A extensão dos 47,11% que seria paga em doze parcelas ainda não está sendo paga. A primeira parcela deveria ser incluída no contracheque dos servidores da Funasa, Ministério da Saúde e Trabalho no salário deste mês, o que não aconteceu.

DESRESPEITO NO EXECUTIVO – Enquanto os servidores da União lutam para terem garantidos os acordos assumidos pelo governo, servidores da Câmara Legislativa comemoram a aprovação da reestruturação de seu plano de carreira. O novo plano vai render entre 15 e 30% de reajuste nos salários dos servidores da Câmara. No Executivo, o arrocho salarial da maioria dos setores ultrapassa uma década.






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