Em reunião realizada no final da tarde de hoje (22), o Comando Nacional de Greve instalado na sede da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), em Brasília (DF), divulgou balanço percentual do movimento da greve registrada até agora em seis órgãos. A Fazenda aparece no topo da lista dos servidores mais mobilizados no país. Juntos, os fazendários regidos pelo Plano de Classificação de Cargos (PCC), que somam cerca de sete mil ativos no Brasil, pararam 70% de suas atividades. Apenas alguns pequenos municípios ainda não oficializaram a paralisação por tempo indeterminado. A expectativa do comando é de que em breve a Fazenda atinja 90% de paralisação nacional. Na Agricultura, metade dos
servidores regidos pelo PCC
parou. Os administrativos do Ministério da Educação também pararam cerca de 70% de suas atividades centrais, localizadas em Brasília.
A Funasa, que registra paralisação em sete estados, alcançou 25% de seus servidores ativos. No entanto, o comando de greve avalia que este é um setor em franca expansão do movimento. “A greve nacional no setor deve se consolidar”, aposta Josemilton Costa, secretário-geral da CONDSEF. Estados onde a Funasa possuí grande peso de atuação já decretaram a greve, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. Hoje (22), o Sintsep-GO anunciou que mais de dezoito municípios no estado de Goiás pararam as atividades da Funasa.
FUNAI - O Comando de Greve aposta ainda na consolidação maciça da greve na Funai. Quatro sedes administrativas onde se encontram importantes
reservas indígenas
já pararam. Em Manaus, Santa Cataria e Paraná a greve na Funai foi oficializada. Mais de dez estados têm assembléias marcadas e os coordenadores da greve no órgão informaram que até segunda-feira (27) este quadro que hoje alcança 15% dos servidores deve ampliar em muito.
O comando está organizando um Conselho Deliberativo de Entidades com a participação de representantes de todos os setores em greve. A reunião deve acontecer na próxima terça-feira (28) e definir novas estratégias para fortalecer e consolidar a greve nacional em curso.
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