A terça-feira (21) começa intensa no Congresso Nacional para os servidores da União. Desde que o governo transferiu aos parlamentares a responsabilidade de garantir verba para investimento no setor em 2006, as atenções nas decisões dos parlamentares que compõem a Comissão Mista de Orçamento aumentaram. Com a possibilidade de esta comissão votar até amanhã as despesas que definem os gastos do governo em 2006, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) volta ao Congresso com força redobrada. A pressão dos servidores busca garantir nas despesas verba suficiente para cobrir todos os acordos que o Ministério do Planejamento assumiu com mais de doze setores ao longo de 2005. Milhares de
servidores aguardam o resultado
dessas votações. O Plano de Classificação de Cargos (PCC) vive situação particular, pois ainda não recebeu proposta formal do governo, apenas a garantia de que teria reajuste em 2006.
A categoria luta por um reajuste que recomponha os salários congelados há mais de uma década e mantenha a paridade, direito constitucional garantido ao servidor.
Há duas semanas, a Confederação leva ao conhecimento dos parlamentares a situação de crise pela qual passam mais de 70% de todo o Executivo Federal. Sensibilizados, muitos deputados e senadores já manifestaram apoio à causa dos servidores. Motivado pelo anúncio de greve feito pela Confederação na sexta-feira, o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) proferiu novo discurso em Plenário reafirmando seu apoio ao pleito dos servidores. No texto à que a
assessoria de imprensa da entidade
teve acesso, o deputado conclama os demais parlamentares a defender e assegurar verba para cobrir os acordos feitos com a categoria. “Buscamos o reconhecimento de todo o Congresso. Nossa causa é também a da massa de brasileiros que dependem de nosso trabalho”, defendeu Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação.
Representantes da categoria estão se deslocando de seus estados para se unir ao coro dos servidores que já estão em Brasília. Até quarta-feira (22) o batalhão de frente dos que lutam por reajuste diferenciado em 2006 deve aumentar. Ônibus de Minas Gerais e Goiás já estão confirmados para chegar à capital federal nos próximos dias. Outros estados trarão representantes, todos se unirão aos servidores que já estão em Brasília. “Esta semana será mais curta em Brasília.
Lutaremos com força total
no Congresso já a partir de amanhã”, reforçou Costa.
Depois do carnaval a mobilização deve ser redobrada. É quando todo o Congresso Nacional deve votar a peça orçamentária de 2006. “Toda a categoria espera que pelo menos R$5,2bi sejam garantidos para investimento no setor”, disse o secretário-geral da CONDSEF se referindo ao valor defendido pelo relator do orçamento, deputado Carlito Merss (PT-SC), como meta para os servidores públicos em 2006. A CONDSEF luta por R$ 6bi, valor considerado ideal pela entidade para cobrir todos os acordos feitos com o governo em 2005.
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