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18A: Greve geral dos servidores públicos ganha apoio internacional

Filiada à ISP assim como a Condsef/Fenadsef, a EPSU representa oito milhões de trabalhadores no setor público na Europa. Confira a íntegra da carta


18A: Greve geral dos servidores públicos ganha apoio internacional
Foto: Halfpoint/iStock

Condsef/Fenadsef

O #18ADiaDeLuta, dia nacional de greve e mobilizações contra a reforma Administrativa e em defesa os direitos da classe trabalhadora que marcou essa quarta-feira, 18, com atos em mais de 20 estados e o DF, recebeu apoio internacional. O secretário-geral da EPSU/European Public Service Unions, Jan Willem Goudriaan, enviou saudações solidárias ao setor público nacional, que marcou a luta dos trabalhadores e trabalhadoras contra o desmonte do Estado brasileiro, almejado pelo governo Jair Bolsonaro por meio da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 32. 

A European Federation of Public Service Unions (EPSU) representa oito milhões de trabalhadores no setor público na Europa. Representando cerca de 80% dos servidores do Executivo Federal, aproximadamente 800 mil trabalhadores entre ativos, aposentados e pensionistas, a Condsef/Fenadsef é filiada à ISP no Brasil sendo a maior entidade representativa da categoria da América Latina.

"O apoio vindo de representantes de servidores de outras partes do mundo é fundamental para nós do serviço público brasileiro que lutamos contra essa reforma Administrativa e com tantos outros obstáculos e adversidades, incluindo a própria falta de servidores, apesar de insistirem em dizer que o Estado brasileiro é inchado, o que sabemos ser uma mentira", comenta o secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva. 

Jan Willem alerta que a PEC é uma verdadeira ameaça aos serviços públicos prestados à população brasileira, garantidos na Constituição cidadã de 1988.

“Entendemos que a PEC 32 é uma ameaça gigantesca aos serviços públicos e à remuneração e condições de trabalho de seus servidores e servidoras. Ela criará mais oportunidades para privatizações e para o desmonte dos serviços públicos, ao mesmo tempo em que retirará a condição de servidor da maior parte dos trabalhadores públicos”, destaca o documento. 

O secretário-geral enalteceu a união entre os sindicatos representativos dos servidores públicos e do setor privado. “Sabemos que os sindicatos do setor privado também estão apoiando a campanha, tendo em vista que tamanho ataque ao setor público terá grandes consequências para a qualidade e quantidade de serviços públicos essenciais para a sociedade”, diz o texto.

Além disso, reforçou a importância dos servidores públicos no atendimento às vítimas da covid-19. “Também estamos cientes de que os servidores públicos vêm lutando imensamente para fornecer saúde, assistência social e outros serviços enquanto seus governos falham em tomar medidas para conter a pandemia que continua a assombrar o país”. 

Confira a íntegra da carta:

Para todos os filiados à ISP no Brasil

Greve Geral e mobilização do setor público - 18 de Agosto

Queridos colegas,

Escrevo para enviar-lhe saudações de solidariedade pela ação nacional de 18 de agosto em protesto contra os ataques aos serviços públicos e aos trabalhadores do serviço público inseridos na emenda constitucional PEC 32.

Entendemos que a PEC 32 representa uma ameaça maciça aos serviços públicos e às condições de remuneração e emprego dos servidores públicos. Isso criará mais oportunidades de privatização e enfraquecimento dos serviços públicos, ao mesmo tempo que removerá o status de serviço civil da maioria dos trabalhadores do setor público.

Notamos que os sindicatos do serviço público já fizeram greve contra a PEC 32 e que estão se mobilizando em todo o país para conseguir apoio para a greve do dia 18 de agosto. Entendemos que os sindicatos do setor privado também estão apoiando a campanha pois sabem que um ataque tão grande ao setor público terá um impacto massivo na qualidade e na quantidade de serviços essenciais para a sociedade.

Também estamos cientes das lutas mais amplas que os trabalhadores do serviço público enfrentam enquanto seus membros lutam para fornecer saúde, assistência social e outros serviços públicos, enquanto o governo não toma medidas para enfrentar a pandemia que continua a causar um terrível impacto em todo o país.

Saudamos as lutas e ações de todos os afiliados da ISP Brasil e esperamos que a ação de 18 de agosto mostre a força da oposição ao governo Bolsonaro e seus ataques irresponsáveis aos serviços públicos e aos trabalhadores do serviço público.

Em solidariedade,

Jan Willem Goudriaan
Secretário-Geral EPSU 

 






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