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18/08: Depois do primeiro passo, organizar já a continuidade

Servidores nas ruas contra a reforma administrativa


18/08: Depois do primeiro passo, organizar já a continuidade
Reprodução

Condsef/Fenadsef

Num movimento inédito, servidores municipais, estaduais e federais realizaram, neste dia 18.08, mobilizações unificadas por todo o país para exigir dos deputados federais o voto NÃO à PEC 32, da mal chamada reforma administrativa.
O projeto foi enviado por Bolsonaro-Guedes ao Congresso em setembro de 2020, há um ano. Seu conteúdo é a destruição-privatização dos serviços públicos essenciais à população e a retirada de direitos e rebaixamento de salários de todos os setores do funcionalismo, incluindo ativos, aposentados, futuros servidores.

Depois de meses seguidos de pandemia, com muitos servidores em "home office", com atividades apenas virtuais e com grande parte dos sindicatos fechados por um período ou funcionando precariamente, o 18 de agosto foi o primeiro chamado à mobilização de rua contra a reforma, aprovado num Encontro em 30 de julho, patrocinado por todas as centrais sindicais.

A resposta da categoria, ainda que limitada à sua vanguarda militante, foi positiva e é um ponto de apoio para aprofundar a luta. Um quadro geral da mobilização emergirá depois das reuniões de avaliação que deverão acontecer nos próximos dias em todos os estados, incluindo a participação de trabalhadores de estatais e categorias do setor privado, em luta contra as privatizações e a MP 1045.

Desde logo, no entanto, é possível dizer que a campanha contra a PEC 32 começou a se generalizar por todo o país: foram realizados atos, passeatas, manifestações e paralisações, sobretudo na educação e na saúde além dos Correios, ramificadas em centenas de municípios do interior, além de todas as capitais.

Também se revelou essencial o lugar ocupado pela atividade das entidades cutistas nacionais de servidores (Confetam, Fenasepe, Condsef, CNTE, CNTSS) que, desde maio, impulsionam uma campanha nacional unificada que serviu de ponto de apoio para muitas entidades de base e ajudou a impulsionar o Encontro das centrais e a realização do 18 de agosto.

Agora em outro patamar, com mais dirigentes sindicais e servidores dos três níveis participando ativamente, devemos continuar perseguindo os mesmos objetivos: dialogar com os servidores e a população explicando os malefícios da reforma administrativa e chamando novas mobilizações para derrotá-la.

O 18 de agosto deve ajudar a sacudir a poeira. A hora é de abandonar todo traço de desânimo e ir para a base com determinação aproveitando o momento para estender e enraizar a campanha.

Uma próxima data nacional é o 7 de setembro. Não temos tempo a perder. O relator da PEC, deputado Arthur Maia (DEM-BA) pretende entregar seu relatório já no dia 26 de agosto e votá-la o quanto antes.

Precisamos apressar o passo e fazer um esforço coletivo para realizar imediatamente assembleias por local de trabalho para colocar o conjunto dos servidores em movimento e construir um novo e poderoso Dia Nacional de Luta com paralisações que, com certeza, teremos que fazer ainda em setembro para derrotar a PEC 32.

* Edison Cardoni é diretor Jurídico da Condsef/Fenadsef






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