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13/01 – Condsef volta a cobrar ações imediatas para servidores intoxicados do MS e Funasa

Um problema já considerado violação dos direitos humanos pela ministra da pasta, Maria do Rosário, segue sem solução. Milhares de servidores da Funasa e Ministério da Saúde (MS), que desenvolveram graves problemas de saúde no manuseio de inseticidas usados no combate a endemias, estão abandonados pelo governo que sequer reconhece os casos como doença de trabalho. Só no ano passado centenas foram os relatos de óbitos. No estado de Pernambuco, em um ano (2010/2011), 213 trabalhadores públicos faleceram em função de problemas decorrentes da intoxicação por manuseio inadequado de inseticidas. Situação alarmante que se repete nos estados do Pará, Acre, Rondônia, Goiânia para citar apenas alguns. Após uma série de cobranças, reuniões e audiências públicas e frente à inércia da Funasa e MS, a Condsef volta a cobrar ações imediatas para atendimento dos intoxicados. É inadmissível receber informações diárias de mortes de servidores aceleradas pela negligência do poder público.

Em outubro do ano passado foi realizada uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado. A audiência resultou em uma reunião conjunta no dia 9 de novembro com participação de parlamentares, da Funasa, MS e Condsef.  No encontro houve um entendimento geral de que após a 14ª Conferência Nacional de Saúde, concluída em dezembro, o MS deveria instalar um grupo de trabalho (GT) para tratar o tema. O GT teria até 90 dias para buscar soluções e propor projetos baseados em propostas apresentadas pela Condsef. A entidade chegou a enviar os nomes de seus representantes que participariam do GT. Como não houve nenhuma movimentação no sentido de dar início ao GT a Condsef procurou informações junto ao MS que desde então tem fugido de dar respostas sobre a situação.

Resposta imediata ou forte pressão – Para a Condsef este comportamento leva a crer que o governo segue adotando o mesmo comportamento de ignorar este problema tão grave. MS e Funasa parecem ter lavado as mãos e não querem reconhecer que este é um problema de saúde do trabalho. Caso não receba respostas do MS num curto espaço de tempo, a Condsef vai mobilizar a categoria e buscar meios de pressionar fortemente o governo a propor ações práticas em defesa desses trabalhadores que chegam a comprometer até 60% de seus salários em medicamentos, exames e uma infinidade de consultas médicas, enquanto seguem abandonados pelo governo.

A Condsef também busca contato com o gabinete do senador Paulo Paim. O senador se comprometeu a interferir e levar a situação diretamente ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na esteira deste grave problema com os trabalhadores intoxicados da Funasa está também um importante debate sobre saúde do trabalhador. Ainda são tímidas as ações do governo para acompanhar de perto a saúde dos servidores públicos. É preciso vigilância e cobrança permanentes para que exames periódicos sejam realizados na administração pública.






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