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12 de agosto: Dia Internacional da Juventude

Vamos surfar na data para refletir sobre esse tempo de transição, experimentos, amadurecimento. E também de defender a democracia, o serviço público, os direitos sociais e trabalhistas


12 de agosto: Dia Internacional da Juventude
Pixabay

Condsef/Fenadsef

Toda a diversidade do mundo

Nesses tempos de Pandemia, Reformas pautadas pelo Governo Federal e Congresso Nacional (Administrativa, Trabalhista), e também de Olimpíadas, muitas considerações tem sido feitas sobre juventude e seu papel social: o que pensa, fala e faz sobre vacinação, medidas restritivas, cuidados sociais, diálogo com os mais velhos, impactos da educação remota, oportunidades de emprego, participação em movimentos sociais, agenda de lazer, práticas culturais e esportivas.

Para Erilza Galvão, Secretária de Gênero, Raça, Juventude e Orientação Sexual da Condsef/Fenadsef, precisamos estar atentos, “pegar a visão” de que a juventude está longe de ser um grupo homogêneo, pois há uma série de fatores interligados e específicos; ela é mais uma categoria do que uma faixa etária fixa. Trata-se de um período importante na vida para desenvolver percepções sobre questões de cidadania, aprofundar senso de comunidade, sociedade e responsabilidades sociais; um tempo de transição e amadurecimento pessoal que reflete toda a diversidade do mundo. Um tempo para exercitar participação política em diversos espaços e formatos, como o movimento sindical, apresentando suas demandas, desafios e propostas para que a temática juventude seja incorporada nas políticas sindicais. Um tempo para oxigenar as marchas da humanidade na construção de outros mundos possíveis, com respeito à diversidade, independência de idéias, liberdade de expressão. E o serviço público comporta diversas oportunidades para esse exercício, seja nos processos educacionais, nos mundos do trabalho, nas políticas sociais, onde é fundamental as juventudes serem protagonistas.

Para Elna Melo, Secretária de Formação e Política Sindical da Condsef/Fenadsef, o Setor Público no Brasil é o responsável pela promoção do bem-estar social, lidando então com a produção, entrega e distribuição de bens e serviços públicos para a sociedade. Cada vez mais, os jovens se inserem nos espaços públicos de decisão, conectando pontos no tempo que parecem estar separados por séculos de diferença. Isso promove um encurtamento entre a experiência adquirida e o potencial da juventude, entre práticas convencionais de cada Instituição Administrativa com a capacidade de criação presente no jovem que entra no Setor Público. Assim, o debate, a democracia e a abertura a novas experiências são imprescindíveis dentro destas instituições. Bem como a capacitação, reunindo diferentes campos de conhecimento, permitindo a autonomia e emancipação dos jovens e sua participação política no desenvolvimento do país, reconhecendo nesse jovem um sujeito de direitos universais, geracionais e singulares.

Para Max Leno, da Subseção do Dieese na Condsef, esse dia, não é de hoje, vem sendo marcado por obstáculos vivenciados pela juventude em sua inserção no mercado de trabalho e formação escolar que compõem o quadro da desigualdade brasileira, aprofundada pela atual crise econômico-sanitária, após um curto período de alento. Em geral, esta situação é expressa em elevadas taxas de desemprego, na dificuldade em conciliar estudo e trabalho e na pequena probabilidade de inserção qualificada, visto que a maior parcela da juventude não adquiriu experiência em inserções anteriores e/ou formação escolar correspondente. Estes dilemas, que caracterizam o início da vida laboral, foram intensificados no período Pandêmico, quando o desemprego aumentou e houve ampliação das dificuldades para manutenção das atividades econômicas, sobretudo, as mais vulneráveis, além de total transformação das rotinas da educação.

Para se ter uma ideia desse cenário, o Dieese e a Codeplan/DF divulgaram o primeiro Boletim Juventude e Mercado de Trabalho que analisa a inserção da população jovem, de 15 a 29 anos, no espaço ocupacional do Distrito Federal entre maio de 2020 e abril de 2021. Neste período, a taxa de desemprego total alcançava 35,2% da População Economicamente Ativa (PEA) juvenil e 81,7% dos jovens haviam conquistado o Ensino Médio.

Sensível à temática da inserção produtiva e educacional dos jovens do Distrito Federal, o Dieese e a Codeplan organizaram esse estudo (o Boletim Juventude e Mercado de Trabalho), de periodicidade anual e lançado no mês de agosto, em alusão ao 12A – Dia Internacional da Juventude. O informativo traz indicadores e breve análise de dados apurados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF, buscando gerar subsídios ao debate público e políticas sociais voltadas à realidade de adolescentes (15 a 17 anos), jovens-jovens (18 a 24 anos) e jovens adultos (25 a 29 anos).

Portanto, para Erilza Galvão e Elna Melo, enquanto Direção da Condsef, a atuação das organizações e dirigentes de trabalhadores do serviço público será de grande valia para cada jovem desenvolver fundamentos necessários para se constituir como uma voz que traz mudanças positivas para a sociedade, a classe trabalhadora, as políticas sociais, o serviço público.

Origem da data

Essa data, oficializada através de uma Resolução da Assembléia Geral da ONU- Organização das Nações Unidas, em 1999, numa resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, de 8 a 12 de agosto de 1998, abrange desafios como: instigar o comprometimento de toda a sociedade com a pauta da juventude; dar mais visibilidade aos problemas enfrentados pela juventude (educação de baixa qualidade; más condições de vida; desrespeito aos direitos do cidadão; celebrar o papel dos jovens para gerar mudanças.

A voz da juventude

E o que pensa a, ou melhor, as juventudes sobre ser jovem e estar no serviço público, estar no movimento sindical? Sobre pautas em tramitação no Congresso Nacional que impactam em suas oportunidades de vida e emprego? 

Ser jovem no serviço público é ...

Ser jovem no movimento sindical é ...

Duas jovens dirigentes sindicais, ambas empregadas públicas e integrantes da Coordenação do Departamento de Empresas Públicas da CONDSEF: Sânia Barcelos, CEASA/ MG, Direção do SINDSEP/MG e integrante da Coordenação do Comitê de Jovens Da ISP Brasil; e Gislaine Fernandes, EBSERH/ PE, Direção do SINDSEP/ PE, Direção da CUT/PE. 

Assista:

>> Confira a nota do Comitê de Jovens da ISP Brasil

Dicas Culturais 

Vamos “pegar a visão”, surfar nas ondas jovens, ao embalo de seus ritmos incisivos e calorosos, e apreciar, sem moderação, algumas indicações culturais como contribuição para o diálogo de gerações, o conhecimento dessa diversidade, a continuidade da luta social e sindical por melhores condições de vida e trabalho com mais participação das juventudes:

1) Sugestões do Coletivo de Jovens da Condsef por Sânia Barcelos:

Charlie Brown Jr. - Não É Sério (part. Negra Li)

14 Bis - Linda Juventude

Legião Urbana - Tempo Perdido

>> 12 filmes que retratam a juventude (Carta Capital)

>> Conheça 7 livros com temáticas sociais e políticas para jovens (Blog Estante Virtual)

2) Sugestões de leitura por Júlio Gomes - jornalista do Sintsef-BA:

“Livros da chamada literatura YA (Young Adults, Jovens Adultos). São uma onda de vozes jovens e pujantes que falam diretamente para jovens (ou nem tão jovens, no meu caso...) sobre suas questões e dúvidas sobre estar no mundo, em linguagem simples, mas abordando questões complexas, como racismo, identidade LGBTQIA+, aceitação, diferenças culturais, aquecem o coração, mostram que você não está sozinho no mundo, etc. As histórias emocionam e se, por um lado, me fizeram suspirar por não tê-las ao alcance  durante a minha própria juventude, por outro também me encheram de esperança e crença num futuro (um pouco) melhor”.  Clique nos links e boa leitura:

>> CARTAS PARA MARTIN

>> FELIX PARA SEMPRE

>> QUINZE DIAS

>> TIPO UMA HISTÓRIA DE AMOR






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