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04/01 – Para Condsef, Dilma terá que valorizar servidores do Executivo se quer cumprir promessas de campanha

As primeiras declarações da ministra Miriam Belchior ao assumir a pasta do Planejamento não agradaram a Condsef. Permanece o discurso de que haverá cortes no orçamento e eles devem ser sentidos pelos servidores do Executivo que ficarão sem reajuste em 2011. Os recados através da imprensa não estão sendo vistos com bons olhos. “Temos compromissos firmados e assinados com o governo passado que serão veementemente cobrados desse governo e por isso esperamos manter um diálogo direto com a nova ministra”, adiantou Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. “Se a presidente Dilma quiser manter promessas de campanha que priorizam saúde, educação, o social, não conseguirá isso sem valorizar o conjunto dos servidores que atuam nessas áreas”, ponderou Costa.

Com um memorial assinado (veja aqui) pela Secretaria de Recursos Humanos (SRH), a Confederação prepara a reação caso a ministra opte por não dialogar. “Representamos mais de 800 mil servidores cheios de expectativas e prontos para cobrar o cumprimento de acordos firmados e promessas feitas ao longo dos últimos anos do governo Lula, inclusive com greves se assim for preciso”, acrescentou.

Para piorar a situação e acirrar ainda mais os ânimos dos servidores de carreira do Executivo foi anunciado que o governo Dilma concederá reajustes na tabela salarial dos cargos de direção e assessoramento superior, chamados DAS. Segundo a notícia a decisão está tomada. Como não houve tempo de ser encaminhado no governo Lula caberá a presidente Dilma concluir o processo. Para a Condsef esta é exatamente a situação em que se encontram milhares de servidores de sua base.

O memorial assinado entre Condsef, CUT e SRH traz acordos que já haviam sido firmados no governo Lula, mas não tiveram tempo de ser encaminhados ao Congresso Nacional e sancionados pelo presidente. “Esperamos o mesmo tratamento. Não vamos admitir que se inicie esse governo já com discrepâncias salariais absurdas e tratamentos diferenciados sem qualquer explicação justa e plausível”, disse Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef.

Orçamento só não contempla servidores do Executivo – A inconformidade dos servidores federais vem também do fato de que as declarações de que não haverá reajuste em 2011 só afetam uma parcela de categorias do Executivo. São justamente os servidores que trabalham no atendimento direto à população os que sofrem ameaças de que devem amargar arrocho salarial.

A categoria não compreende e não aceita que haja orçamento para reajustar salários de parlamentares, ministros, e cargos com DAS e aqueles que estão à frente do atendimento público continuem preteridos e sofrendo com remunerações defasadas e péssimas condições de trabalho. “Se a postura do governo não mudar haverá enfrentamento”, concluiu o secretário-geral da Condsef.






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