Em reunião realizada ontem (2), no Ministério do Planejamento, o governo pediu mais tempo para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) para analisar a proposta apresentada pelos servidores. A nova proposta prevê uma gratificação fixa para ativos e aposentados do Plano de Classificação de Cargos (PCC). Cerca de 280 mil servidores ainda aguardam o cumprimento dos acordos feitos pelo governo quando terminou a greve que mobilizou mais de 70% da categoria.
Uma nova reunião foi marcada para esta terça-feira (6). A categoria realiza plenária amanhã (4) onde discute as propostas apresentadas até agora e reafirma que só aceitará acordo que respeite os
direitos iguais de ativos e
aposentados.
Desde o fim da greve, no começo de julho deste ano, nenhum dos compromissos assumidos com os servidores do PCC haviam sido cumpridos. A agenda de negociação, marcada para começar em agosto, só agora esta efetivamente sendo cumprida. "O governo nos pediu tempo para analisar a proposta mas estamos esperando há mais de 12 anos", lembrou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da CONDSEF que vem acompanhando as negociações.
Representantes das assessorias Econômica e Jurídica da Confederação também participaram da reunião e reforçaram o argumento de que é perfeitamente possível, hoje, para o governo, atender a demanda urgente dos servidores públicos lotados no Executivo Federal.
Decisão é da maioria
Qualquer que for a proposta apresentada na terça-feira ela
será encaminhada
para todos os estados. Os servidores devem se reunir prevalecendo a escolha da maioria. "Só não vamos aceitar, como já dissemos, que as diferenças entre aposentados e ativos fique ainda pior. A Paridade é um direito garantido ao servidor pela Constituição e vamos cobrar o cumprimento desta lei até o fim", avisou o diretor da CONDSEF.