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20 de novembro de 2020
Conversa Pública #83 - Ou eliminamos o racismo estrutural ou será impossível evoluir
Não consigo respirar. A frase repetida por diversas vezes por George Floyd antes de ser assassinado, em maio desse ano, estrangulado por um policial branco, em Minneapolis, segue ecoando e fazendo vítimas pelo mundo. Ontem, no Brasil, véspera do Dia da Consciência Negra que marca nessa sexta-feira a luta contra o racismo estrutural que mata a cada 23 minutos uma pessoa negra no país, a morte brutal de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado por um policial militar e um segurança em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, ressoa e faz ouvir os gritos de milhões de vozes negras que buscam respirar justiça, dignidade e respeito. Atos contra o assassinato de João Alberto se espalharam hoje pelo País e a hashtag #justicaporbeto foi destaque nas redes sociais. Em frente a lojas do próprio carrefour manifestantes gritavam e repetiam a frase de Floyd "eu não consigo respirar" e "vidas negras importam". Além da violência que mata e ameaça a vida de milhões de negros e negras, o racismo estrutural é causa dos mais graves problemas econômicos e sociais que devemos eliminar. "Só haverá democracia quando não houver racismo", afirmam aqueles que por meio de muitas batalhas vão se inserindo nos espaços que lhes foram negados por séculos. Mesmo frente a todas as marcas, estatísticas e histórias que atestam o racismo no Brasil, o vice presidente Hamilton Mourão, fez uma declaração que reforça a face negacionista do governo Bolsonaro. Para o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, a luta antirracista que cresce a cada dia é fundamental e o primeiro passo para buscar a mudança é aceitar e reconhecer o racismo. O dia foi de dor, mas de muita luta. Acompanhe conosco episódio 83 desse Conversa Pública que marca o Dia da Consciência Negra.



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