A cerimônia de retomada de investimentos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), realizada no dia 18 de janeiro em Ipojuca (PE), reascendeu as críticas da mídia golpista ao governo Lula por suas declarações acertadas contra a Operação Lava-Jato e a subordinação de alguns juízes e procuradores do Brasil a interesses lesa-pátria do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. 

Após anos de abandono e uma luta incansável dos petroleiros, a retomada nos investimentos, que deverá ampliar em até 40% a produção nacional de diesel, permitirá a criação de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos, dando início à recuperação dos imensos prejuízos deixados pelos lavajatistas ao povo brasileiro e à classe trabalhadora: pelo menos 2 milhões de desempregados na indústria brasileira de engenharia, de óleo e de gás, destruídas pela operação em benefício de concorrentes estrangeiros; preços internacionalizados; venda do patrimônio nacional. 

Vale lembrar que uma investigação conduzida pelo jornal francês Le Monde demonstrou, anos atrás, que a operação não passou de uma estratégia bem-sucedida do imperialismo estadunidense para minar a autonomia geopolítica brasileira e acabar com a ameaça representada pelo crescimento de empresas que colocariam em risco seus próprios interesses.

O golpismo lavajatista, amplamente apoiado pela mídia empresarial, atua contra a expansão do refino de petróleo no país o que, na prática, significa a defesa da dependência externa, receita aplicada desde o início dos desgovernos do golpista Temer e do genocida Bolsonaro: privatização das refinarias, oleodutos e da distribuidora; redução da Petrobrás e privatização dos lucros. Um escárnio.

Como bem lembrou o Coordenador Geral da FUP, Deyvid Bacelar, durante o evento, lavajatistas cometeram crime contra o Brasil e precisam pagar por isso. 

Essa é a posição da Condsef/Fenadsef, entidade que têm em sua história política o compromisso com a classe trabalhadora brasileira, com os serviços públicos e, consequentemente, com a soberania nacional.