O momento de definição que antecede o coroamento desta grande batalha pelo Orçamento de 2006 necessita de cada um de nós ainda mais vigor, força e organização para garantir os tão preciosos recursos necessários à valorização dos serviços e dos servidores públicos, bem como fazer justiça aos aposentados brasileiros.

Na semana que passou estivemos com o presidente da CUT, o companheiro João Felício, debatendo com o relator do Orçamento, deputado federal Carlito Mers (PT-SC) a importância de injetar um volume superior de verbas, que possibilite cobrir o montante dos acordos fechados entre as diversas entidades do funcionalismo público federal e o governo, assim como aumentar dignamente o salário benefício dos aposentados e pensionistas.

Nesses poucos dias que antecedem o bater do martelo, passa a ser determinante para que tenhamos uma solução satisfatória das nossas reivindicações, que não são apenas cobranças de atenção ao angustiante problema salarial dos servidores e dos aposentados, mas, acima de tudo, recursos que criem as condições para avançarmos nas negociações e melhorar as condições de serviço em todo o país.

Esta necessária pressão e mobilização sobre os parlamentares no Congresso Nacional tem um aspecto particular, imprimir peso às políticas públicas e sociais, fundamentalmente para a saúde e a educação, com vistas a dotar o Brasil de melhores condições para atender a sua população, principalmente a mais carente.

Na guerra do Orçamento já fomos vitoriosos em algumas batalhas importantes, como o aumento do salário mínimo para R$ 350,00 e o reajuste de 8% na tabela do Imposto de Renda. Agora, precisamos estar mais unidos do que nunca para impedir que os mesmos que teimam em manter o superávit primário nas nuvens, sangrando recursos importantes da produção e do desenvolvimento para a especulação e o parasitismo, não queiram golpear os aposentados e o funcionalismo - já tão desvalorizado pelos anos tucanos de neoliberalismo – comprometendo a qualidade dos serviços com cortes nos investimentos e no custeio.

O projeto democrático popular precisa de oxigênio – e recursos – para se afirmar e seguir em frente. Portanto, é hora de mobilização, pois é o próprio projeto de país que está em jogo.

Lúcia Reis - primeira secretária da Executiva Nacional da CUT